MAIS UMA BAIXA NA QUADRILHA DE RORIZ E CIA

Não fosse por decisão da Justiça, Eurides Brito, a madrasta malvada com cara de boa velhinha ainda estaria ocupando um lugar naquele plenário, que deveria ser melhor frequentado. É preciso ouvir os retumbantes brados da população brasiliense e trabalhar em sintonia com a vontade popular. As CPIs não podem simplesmente parar, como se congelados no tempo. O tempo, esse senhor que faz muita coisa passar, não haverá de interferir no julgamento que se aproxima. Armados com seus títulos de eleitor, os cidadãos de bem desse território hão de dar o veredito a esses que não assumem suas culpas e julgam as dos outros. Nas urnas eles receberão a sentença por seus desvios de conduta: serão condenados ao esquecimento eterno daqueles que um dia os julgaram homens e mulheres de bem.

ANIVERSÁRIO DO LUIZ FLAVIO - 03/06 QUINTA

PASSE LIVRE: RAPOSA TOMA CONTA DO GALINHEIRO - II

A nada fácil vida de quem precisa recarregar seus cartões com viagens suficientes para ir e voltar da escola, sem correr risco de faltar às aulas, tende a piorar ainda mais. É preciso seriedade e responsabilidade, valores que parecem distantes da Câmara Legislativa, para que esta história tenha um final decente, sem prejuízos aos que precisam do passe livre. Necessário se faz que a administração e a logística da concessão desse benefício saia das mãos do grupo que atualmente comanda a tal empresa Fácil. Enquanto essa ação entre amigos comandada pela família Canhedo e prepostos de Nenê Constantino, aquele envolvido em assassinatos de sem teto em Taguatinga, continuar essa orgia com o dinheiro público, nada mudará para a população. É o mesmo que colocar uma raposa para tomar conta de um galinheiro: vai sobrar pena, oferecida para rechear o travesseiro para dormir na fila da Fácil, e faltar galinha, que será servida em um almoço reservado entre aqueles que dividirão o lucro das nebulosas transações envolvendo o livre estudantil. Mais uma vez a expectativa e a esperança de uma solução justa estarão ligadas à sempre valorosa e aguerrida bancada petista na Câmara Legislativa.

PASSE LIVRE: RAPOSA TOMA CONTA DO GALINHEIRO - I

Depois da lambança do envolvimento no maior esquema de desvio de dinheiro público da história brasiliense, os deputados distritais continuam brincando com a paciência dos cidadãos. Sempre com a honrosa exceção da combativa bancada petista, os parlamentares fazem de conta que cumprem o que prometeram em suas campanhas e continuam mostrando desrespeito com a população de todo o DF. Sempre bons de conta quando se trata de receber dinheiro sujo, fruto das tramas criminosas engendradas pela quadrilha que tomou o GDF de assalto, nossos representantes se demonstraram incapazes de perceber o grotesco erro de cálculo do governo no encaminhamento do projeto do passe livre estudantil. À época, a idéia original, do deputado Paulo Tadeu (PT), contemplava um universo mais abrangente de estudantes. O projeto inicial foi totalmente modificado e hoje, por incompetência de um governo ruim de matemática e de honestidade, uma grande massa de estudantes corre o risco de ter esse direito cassado. A Câmara Legislativa não se mexe, faz de conta que trabalha, não resolve questões que afetam diretamente a vida de milhares de pessoas nesta cidade, não quer cortar na própria carne. Prefere varrer a sujeira para debaixo do tapete a fazer uma assepsia ampla, geral e irrestrita.

MAIS UMA DECEPÇÃO PARA TAGUATINGA E DF!

A gente de Taguatinga não merece os ditos representantes que existem na Câmara Legislativa. Ao longo dos anos, a cidade acumulou sucessivas derrotas em seus interesses e assistiu passivamente à queda da qualidade de vida de sua população. Taguatinga só pode crescer para cima, o que acarreta insanáveis problemas em sua infraestrutura, já comprometida pelo abandono dos administradores e pela apatia e desinteresse dos deputados distritais que dizem representá-la e defender os direitos de seus cidadãos. Não bastasse o envolvimento dos distritais Benedito Domingos e Junior Brunelli no mensalão do DEM, agora mais um político de Taguatinga é citado pelo delator-mór Durval Barbosa como beneficiário do escandaloso esquema de propinas que abalou os alicerces do DF.
Também um antigo morador da cidade, o Dr. Charles engrossa a lista dos beneficiados por Arruda e toda a sua corja, entrega Durval. Com profundas ligações na área de Saúde, que sofre com uma crônica incompetência administrativa agravada pela gestão inescrupulosa de recursos, Dr. Charles – ou simplesmente Charlim , como o conhecem os mais antigos– é mais uma caricatura, um retrato mal acabado, dos políticos que se apresentam como defensores da velha Taguatinga.
A sujeira, a ocupação desordenada de áreas públicas, as quase inexistentes linhas de ônibus na Samdu, na Comercial e no Pistão Norte, são apenas alguns exemplos do desleixo com que a cidade vem sendo tratada pelos políticos que se intitulam filhos dela.
É hora de dar uma basta nesta situação. Taguatinga precisa de um legítimo representante na Câmara Legislativa. Um cidadão que reúna qualidades que deveriam ser comuns a todos os políticos: comprometimento, responsabilidade, competência e honestidade, a maior e mais rara de todas as virtudes inerentes a um homem publico. Seres políticos com esses atributos são cada vez mais incomuns, quem sabe até inexistentes, na seara partidária que tomou o DF de assalto, exceto a honrosa bancada do Partido dos Trabalhadores. Eles existem e estão mais próximos do cidadão comum do que se pode imaginar.

ESPERANÇAS E TRANSFORMAÇÕES NO DF

O que esperar de uma cidade que nos últimos anos foi vítima de uma organização criminosa que atacou desde o leitinho das crianças ao superfaturamento de obras? É certo que o medo não pode se sobrepor à esperança, mas esta também não pode ficar refém de meia dúzia – ou serão duas dúzias e meia – de políticos acostumados a fazer de suas gestões um balcão de negócios. Profissionais que tratam a coisa pública sem se importar com o destino dos milhões de cidadãos carentes de um Estado que lhes ofereça as condições básicas para a sobrevivência.
A esperança, mais uma vez, tem data e hora marcadas para mostrar sua face. Nas próximas eleições, a população terá a oportunidade de dar sua resposta àqueles que ainda se consideram donos dos destinos do Distrito Federal e de cada um de seus habitantes. Chega de apostas nas invencionices fantasiosas criadas pelo marketing político. Não se enganem. Outros salvadores da pátria aparecerão travestidos de ovelhas, quando na verdade são a pura essência do lobo mau. Também não faltarão velhos conhecidos do cenário político brasiliense, agora repaginados como defensores da legalidade e do desenvolvimento responsável.
É chegada a hora das verdadeiras transformações que a população do DF anseia há longos anos. Há de chegar o dia em que a ética, a transparência e a idoneidade serão pré-requisitos básicos na formação e na carreira dos homens públicos. É o que esperamos. Sem medo.

ROGERIO ROSSO: CONTINUIDADE DO CAOS

Enquanto equipamentos médicos mofam nos depósitos da Secretaria de Saúde, pacientes sofrem com a falta de medicamentos e outros materiais e com as longas filas na rede hospitalar do Distrito Federal. Na ausência de políticas públicas para este setor prioritário na vida de qualquer cidadão, o governo faz “esforços concentrados” para tentar amenizar as graves deficiências do sistema. O remédio, no entanto, vem a conta-gotas, quando seria necessária uma dose cavalar para tratar a doença terminal que acomete todo o sistema. O crônico desperdício de dinheiro do contribuinte continua alimentado pela incapacidade administrativa, que quase sempre beira à má-fé, dos gestores da saúde pública no DF.
O plantonista da vez, sem qualquer especialização em doenças crônicas, atende pelo nome de Rogério Rosso, governador eleito indiretamente pela contaminada Câmara Legislativa do DF. Nesta semana, Rosso, ex-presidente da Codeplan, – onde o ex-secretário de Delações Institucionais, Durval Barbosa, criou o maior esquema de apropriação de dinheiro público já visto nesta cidade – fez do HRAN seu gabinete de despachos sob a alegação de conhecer internamente como funcionam as engrenagens dessa gigantesca máquina chamada Secretaria de Saúde. Visitou outras instalações da pasta, se movimentou e criou a expectativa de melhorias nessa colossal indústria de problemas. Pela gravidade da situação fica evidente que eventuais mudanças, por menores que sejam, soarão positivas junto à opinião pública. Mas a verdade é que a coisa está tão feia que qualquer maquiagem de última hora pode embelezar a cara da Saúde no DF. O risco, no entanto, é dela ficar borrada a qualquer instante pelo choro interminável dos que precisam de atendimento médico em qualquer unidade da rede pública de saúde.