segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

GRÊMIO ESTUDANTIL: uma ferramenta de luta e conquista dos estudantes

Sabemos que na história brasileira os estudantes secundaristas, juntamente com os universitários, sempre cumpriram papel de vanguarda e de resistência aos atos que atentaram contra os direitos humanos. Essa juventude corajosa e sempre engajada esteve presente principalmente na liderança de grandes manifestações contra a corrupção e contra atitutes vergonhosas de uma certa elite como a que presenciamos com frequência no Distrito Federal.
Para que nossos estudantes voltem a cumprir tal papel na sociedade é necessário, antes de tudo, que os jovens de nossa cidade estejam organizados nas escolas em Grêmios Estudantis, organizações que representam os interesses dos estudantes na escola. É um espaço que permite aos alunos discutirem, criarem e fortalecerem inúmeras possibilidades de ação tanto no próprio ambiente escolar como na sua comunidade.
A importância política e social do Grêmio é comprovada quando nos reportamos à história política brasileira dos últimos 50 anos, principalmente à época da ditadura militar.Após o golpe de 1964, os militares invadiram e fecharam a sede da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas - UBES e da União Nacional dos Estudantes - UNE que funcionavam no mesmo prédio, porém os estudantes continuaram se organizando por meio de Grêmios Estudantis, ainda que estivessem na clandestinidade. No ano de 1984, os estudantes secundaristas participaram ativamente do movimento “Diretas Já” em todo o País, e alguns anos depois, em 1992, protagonizaram outro movimento: o Movimento Fora Collor dos “Caras Pintadas”, que culminou com a saída do então Presidente da República Fernando Collor.
Após anos de intensas mobilizações para a reconstrução dos Grêmios Estudantis em todo o País, cabe agora aos estudantes voltar a cumprir seu papel histórico. Principalmente em Taguatinga que sempre foi a cidade de vanguarda do movimento estudantil no DF. Nas mãos dos estudantes está também a liderança do movimento contra a corrupção “Fora Arruda e Paulo Octávio”. Afinal, são esses jovens com consciência e indignação que podem mobilizar e transformar o velho e atrasado jogo político local em uma nova realidade de justiça e de honestidade.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Correio Braziliense: mais um motivo de vergonha para o Distrito Federal

Se eu fosse discorrer neste espaço sobre a importância do Correio Braziliense para o cidadão, para o Distrito Federal e para a história moderna do Brasil, teria muitos argumentos e fatos para relembrar. Mas toda a relevância do nosso maior jornal impresso foi jogada no lixo. Em nome sabe-se lá de quê (mas se imagina), a tradição secular do Correio foi manchada quando seus editores ignoraram a missão principal de um jornal, a de informar, e se omitiu diante do maior escândalo político no país desde o impeachment de Collor.
Dá vergonha abrir o jornal Correio Braziliense e não encontrar nada, ou quase nada, sobre o Mensalão do DEM. Apenas fatos envolvendo parlamentares são noticiados, timidamente. Acusações a Arruda e a Paulo Octávio não aparecem. Hoje, para se obter informações sobre o esquema de corrupção instalado no GDF, o brasiliense tem que recorrer a jornais de fora, como o Estadão (SP), ou às revistas semanais. A história que começou em 1808, em Londres, com Hipólito José da Costa, e se consolidou em Brasília, em 1960, com Assis Chateaubriand, está definitivamente manchada.
Se havia acordo político ou econômico entre o GDFe Correio Braziliense, o que por si só já seria condenável, os fatos investigados pela Operação Pandora, da Polícia Federal, jogaram por terra qualquer obrigação de fidelidade. Qualquer órgão de imprensa minimamente responsável e ético tem obrigação de investigar e informar os fatos aos seus leitores. O compromisso com a comunidade brasiliense é maior do que qualquer acordo. Só o Correio Braziliense parece ignorar isso. Aliás, só o Correio não. O Jornal de Brasília também está traindo o povo do Distrito Federal
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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

TEATRO NA CÂMARA LEGISLATIVA

A Câmara Legislativa do Distrito Federal retornou aos trabalhos na última segunda-feira com o compromisso de investigar e punir o Governador José Roberto Arruda, bem como julgar os processos de IMPEACHMENT que tramitam naquela Casa. Porém, o que vimos no primeiro dia de trabalho dos Deputados não passou de um teatro criado pela base de apoio do Governador que tenta fingir uma seriedade e isenção que obviamente não existe e talvez nunca tenha existido. Como esperar isenção de uma base em que mais da metade dos parlamentares está envolvida diretamente com os escândalos de corrupção que envergonham o DF?.
Com certeza a Câmara Legislativa não tem condições éticas e morais para exercer seu papel constitucional, uma vez que oitenta por cento dos parlamentares têm interesses e compromissos pessoais com o governador Arruda, em detrimento dos seus deveres e obrigações com o cidadão brasiliense. Além disso, não temos informações claras de que maneira esses compromissos foram firmados. Quanto mais ainda a população do DF terá que financiar com seus impostos as barganhas requeridas por esses senhores travestidos de Deputados? O certo é que não basta se indignar, se essa indignação não se transformar em ação concreta, em mobilização efetiva da sociedade em busca de um novo caminho, principalmente na renovação de nossa representação, não só parlamentar, bem como no Poder Executivo. Enfim, quem apóia corrupto também é corrupto.

A LUTA SÓ ESTÁ COMEÇANDO

"Vamos revitalizar Taguatinga e o Distrito Federal, fazendo daqui o lugar dos nossos sonhos."

Luiz Flávio

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