domingo, 21 de junho de 2009

RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL: UM COMPROMISSO CONTRA O DESMATAMENTO


Na primeira quinzena do mês de junho (2009) a Associação Brasileira de Supermercados decidiu atender às recomendações feitas pelo Ministério Público Federal em Ação Civil Pública ajuizada na Justiça Federal do Pará e suspendeu compras de produtos bovinos junto a frigoríficos que não tenham garantia de que a carne produzida não veio de áreas de desmatamento ilegal da Amazônia. A medida foi resultado também do relatório intitulado “A Farra do Boi na Amazônia” dos estudos realizados pelo Greenpeace que aponta a relação entre a criação de gado e o desmatamento ilegal e trabalho escravo na Amazônia.
A ação de retaliação nos remete a dois temas muito importantes e complementares: a questão do cumprimento das normas ambientais e a responsabilidade socioambiental de toda a sociedade.
A fiscalização da conduta dos empreendedores com relação ao cumprimento da legislação ambiental não está somente restrita aos diversos agentes públicos do Governo como Procuradores do Ministério Público e fiscais do IBAMA. A fiscalização deve ser acompanhada por toda sociedade consumidora, pois o problema do desmatamento das florestas ocasiona diversos prejuízos à saúde humana seja direta ou indiretamente como as mudanças do clima, as adversidades ambientais e as várias formas de poluição (ar, água, terra, alimento). Além de reconhecermos e apoiarmos ações que detenham a destruição de nossa biodiversidade devemos estar atentos aos produtos de mercado que consumimos a cada dia, observando não somente o menor preço e qualidade na hora da compra, mas também a origem e a sustentabilidade assegurada pelo produto. Está na hora de adotar o lema do consumidor verde, isto é, aquele que tem uma racionalidade ecológica preocupado com o bem-estar individual e coletivo das presentes e futuras gerações.
Do outro lado da relação econômica estão as empresas, produtores e empreendedores que tem responsabilidade socioambiental definida como o compromisso de adotar tecnologias limpas, práticas de mercado ecológica e socialmente sustentáveis como pressuposto de suas atividades comerciais. Além disso, é imprescindível que os empreendedores cumpram as normas ambientais que mesmo tão criticadas pelos produtores tem que ser aplicadas.

Assim, no contexto de um ambientalismo mais consciente e realista do século XXI, essa nova ética que defende ações socialmente justas e ecologicamente sustentáveis emerge como um farol indicador de mudanças significativas para um verdadeiro bem-estar social que terá repercussões revolucionárias nas complexas e intricadas relações humanas.

SEGURANÇA PÚBLICA E CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009


A Campanha da Fraternidade deste ano, lançada pela CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, tem como tema A Fraternidade e Segurança Pública e como lema: A Paz é fruto da justiça. O principal objetivo da campanha deste ano “é suscitar o debate sobre a segurança pública e contribuir para a promoção da cultura da paz nas pessoas, na família, na comunidade e na sociedade, a fim de que todos se empenhem efetivamente na construção da justiça social que seja garantia de segurança pública”, afirma o documento da CNBB. O mesmo documento aponta ainda alguns dos objetivos específicos da campanha que são os de: desenvolver nas pessoas a capacidade de reconhecer a violência na sua realidade pessoal; denunciar o modelo punitivo presente no sistema penal brasileiro; favorecer a criação e a articulação de redes sociais populares que trabalhem em favor da difusão da cultura da paz; animar e organizar ações solidárias em favor das vítimas da violência, dentre outras.

O documento da CNBB afirma que a injustiça social é uma das principais causas da violência. Pode-se ler do documento que “Como o fator econômico torna-se a garantia de acesso aos direitos constitucionalmente garantidos para todos, a injustiça social no Brasil adquire aparência legal, caracterizando uma sociedade iníqua. Nela todos lutam pelo acúmulo de bens materiais por ser um modo de garantirem seus direitos. Neste tipo de sociedade, o econômico é colocado acima da dignidade humana”.

Num momento em que o mundo, e em especial o Brasil, convivem com índices alarmantes de tráfico de drogas, furtos, seqüestros relâmpagos, assassinatos e todos os tipos de crimes a CNBB dá outra demonstração de estar atenta às necessidades básicas do povo brasileiro. É de se destacar que o Governo Federal já marcou a Primeira Conferência Nacional de Segurança Pública para o segundo semestre deste ano.

Em Taguatinga não é diferente, apesar dos esforços dos servidores da segurança pública, notadamente dos Agentes de Polícia Civil e dos Policiais Militares, que são obrigados a trabalhar sem as melhores condições de trabalho haja vista o pequeno contingente de policiais. A cada dia temos observado o aumento da violência pública em todos os seus seguimentos. No entanto, é preciso compreender que não se pode enxergar a segurança pública, somente pela ótica policial, mas sim, pela social. Não se pode diminuir índices de violência sem melhores condições de educação, saúde, esporte, lazer e cultura, ou seja, a ação policial é fundamental, mas por si só não basta.

Neste contexto, é imprescindível que os moradores de Taguatinga reflitam sobre a importância do tema da Campanha da Fraternidade 2009. Reflitam ainda sobre o nosso modelo de sociedade e, mais que isso, se mobilizem para participar da Conferência Nacional de Segurança Pública, que terá lugar em Brasília no segundo semestre deste ano, aproveitando assim a oportunidade de apontarmos caminhos que possam nos tirar da situação de insegurança em que vivemos.

sábado, 13 de junho de 2009

NOVA SEDE ADMINISTRATIVA DO GDF: A QUEM INTERESSA?

Nunca na história do Distrito Federal, um governo se utilizou tanto da publicidade, com tanta ênfase como agora. O governador José Roberto Arruda de maneira agressiva utiliza-se de tal expediente diuturnamente para tentar convencer a população de que seu governo é o melhor que já passou pelo DF e que todos os dias inaugura uma obra, porém o que vemos é uma propaganda enganosa e inconsistente. Inaugura-se de tudo, menos o que realmente nos interessa como escolas, áreas de lazer, centros culturais, hospitais, etc.
A propósito, quanto aos hospitais é de se estranhar a forma com que o governador e seu secretário de saúde Augusto Carvalho vêm tratando desse assunto, terceirizando a gestão, e pior, sem licitação, beneficiando sabe-se lá quem. Todo esse processo abre caminho para a desvalorização dos servidores públicos. Voltando às inaugurações, no mês de abril o Governador assinou uma PPP (Parceria Público Privado) entre o GDF e o Consórcio do Centro Administrativo do Distrito Federal (Centrad), integrado pelas construtoras Odebrecht e Via Engenharia para a construção da nova Sede Administrativa do Governo do Distrito Federal. O mais interessante de tudo isso foi a total falta de publicidade em torno de tal obra. Ora! Um governo que gosta tanto de ecoar aos quatro cantos o que faz e até mesmo o que não faz, por que não anunciou tal evento? Por que a assinatura da mega construção ocorreu na calada da noite? Será isso mesmo o que a população do DF e de Taguatinga deseja?
Sabe-se que o valor inicial de tal contrato é de R$ 420.000.000,00 (quatrocentos e vinte milhões de reais), uma quantia exorbitante para uma estrutura que já existe no Plano Piloto. O argumento utilizado pelo Governador para construção do centro administrativo é de que na região de Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Recanto das Emas, Riacho Fundo e Gama reside a metade da população do DF. Porém, e a outra metade da população será deixada de lado?
Diante de tal situação, cabe salientar que essa região é uma das mais carentes e com os piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Distrito Federal, e que até a presente data nada foi feito para reverter essa situação. Será que esses quatrocentos e vinte milhões não seriam melhor investidos em obras de saneamento básico, melhores condições de trabalho para os funcionário públicos, construção de novas escolas e geração de empregos? Como um governo que congela os salários de seus servidores, por falta de verba, ou seja, de “dinheiro” pode se dar ao luxo de gastar uma quantia tão esdrúxula em uma obra tão inútil?

A LUTA SÓ ESTÁ COMEÇANDO

"Vamos revitalizar Taguatinga e o Distrito Federal, fazendo daqui o lugar dos nossos sonhos."

Luiz Flávio

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